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Textos para o dia 17

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Mensagem por Yasmim Cerqueira Dom Jul 16, 2017 3:40 pm

Historicamente, o esporte como vemos hoje é resultado de amplas mudanças no cunho profissional e educacional, que ocorreram durante a Revolução Industrial e após a Segunda Guerra Mundial. Ele é visto como um instrumento de sociabilização e de transmissão de valores, segundo Gustavo Luis Gutierrez, professor titular da faculdade de Educação Física na Universidade Estadual de Campinas. Entretanto, seus objetivos, propriamente ditos, não são efetivos numa sociedade consumidora.
 
Em primeiro plano, sabe-se que o esporte está intimamente ligado à economia, uma vez que oferece ascensão social imediata aos mais habilidosos. É notório que, a aceitação desse sistema que a mídia impõe sobre o esporte está deturpando cada vez mais os conceitos estabelecidos do esporte. Algo que proporcionava a integração entre as pessoas, derivado de jogos e brincadeiras, hoje está proporcionando a competitividade exacerbada. Desse modo, pode-se observar que há uma espetacularização quando se trata de esporte competitivo, e a comunidade se torna consumidora desse, fazendo com que cresça o investimento no setor financeiro de eventos esportivos, como outdoors, propagandas, objetos de uso pessoal etc. Além disso, existe o meio político no esporte, servindo como um grande exemplo de bom uso do esporte o país de Cuba, que é socialista e incentiva o interesse à pratica esportiva e oferece inserção do indivíduo com ou sem objetivo profissional. Outro exemplo diferente é a Alemanha Nazista, quando Hitler, naquela época, usava práticas esportivas como ferramenta política, para a construção da supremacia da raça pura alemã, sendo esse um exemplo de mau uso do esporte.

Para acrescentar, o esporte passou a ser entendido como "direito de todas as pessoas" após a Carta Internacional de Educação Física e Esporte da UNESCO em 1978. Com isso, pode-se falar da inclusão das pessoas portadoras de necessidades especiais, que originou-se como uma forma de tratamento médico na recuperação das incapacidades geradas por lesões. Mas, para essa inclusão acontecer, é preciso quebrar algumas barreiras, e uma delas é a falta de acessibilidade, pois se não houver, ocorrerá o processo contrário e isolará o deficiente, o preterindo do meio social. Atualmente, observa-se o crescimento de eventos de inclusão dessas pessoas, como as Paraolimpíadas, que teve originou-se em Roma, mas só teve início oficialmente após a Segunda Guerra, quando muitos soldados terminavam mutilados. As primeiras modalidades surgiram nos EUA e na Inglaterra.

Em suma, o esporte enquanto fenômeno social tem se desenvolvido gradativamente, e enquanto fenômeno universal é possível observar que ele possui uma área bastante abrangente. Todavia, a mídia e o sistema capitalista alienam esse fenômeno de modo que o esporte perca a suas origens como um modo lúdico de integrar a comunidade. A mídia passa uma certa ilusão e contrariedade para as pessoas que buscam um patamar social mais alto, mostrando a riqueza de alguns em detrimento da classe social mais baixa que sonha com uma oportunidade de se inserir nesse meio. Portanto, é necessário que os educadores utilizem o esporte como prática social, sendo um meio de transmissão cultural e de valores, a fim de que a sociedade deixe de ser alienada e passe a valorizar o verdadeiro objetivo do esporte.

Yasmim Cerqueira, 3º ano B.

Yasmim Cerqueira

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